Começo.

Oi, Eu sou o Edu. Tô aqui pra escrever a minha história. Não é pra ninguém ler, não. Eu só preciso desse espaço pra organizar minha cabeça e colocar em palavras o que tô sentindo, pra tentar fazer algum sentido disso tudo.
Pois bem. 29 anos. Quase 30. Desempregado (ponto importante da minha vida nesse momento, vamos voltar nele bem em breve). Pisciano se descobrindo a pessoa mais distraída da face da terra nos últimos dias. Já diria Mc Tha: põe a culpa no signo.

Nessa de se perceber extremamente distraído, percebi que mudo de ideia sobre tudo com muita frequência. Já comecei mil projetos e não levo nenhum adiante.  Crochê, Consultoria, Blog, Vida fitness, Minimalismo, Militância. Até meu gosto por música segue essa tendência. Ouço enquanto tô afim, largo quando canso.

Não é necessariamente ruim. Eu aprendi a aceitar que desistir das coisas não faz de mim pior. Se algo não tá me fazendo bem, bora seguir pra próxima coisa que faça sentido. Isso aconteceu ainda em 2018, quando tive que desisti do meu trabalho na AmBev porque tava adoecendo fora de casa.

Esse momento de desistir da AmBev, que era um sonho que eu gostava tanto, é um bom começo pra explicar quem eu sou, o que tá acontecendo e o que eu quero daqui pra frente. Em outro momento eu sei que vou querrr voltar mais lá trás. Só não agora.

Sim. Distração. Tá vendo como eu já mudei de assunto completamente? Vamos voltar pra distração.

Hoje eu sinto que preciso me perceber enquanto menos desistente. Preciso de novo da sensação de conseguir concluir uma coisa. Aquela mesma sensação que o crochê me traz. De começar algo que é demorado, moroso, cansativo, e ainda assim chegar até o fim. Preciso de novo da sensação de ser produtivo.

Espero que esse diário seja isso, então. Um lugar para fazer as coisas do começo ao fim.

Que essa organização mental seja a primeira coisa pra eu fazer até o fim. E que eu só desista depois de colocar um monte de coisa da minha vida no eixo de novo. 

Então. Lá vai. Primeira meta de 2020:

- Organizar meus pensamentos e sentimentos num diário que me ajude a fazer sentido da minha vida. E que me ajude a me organizar em outros sentidos também. E que eu escreva pelo menos uma vez por semana. E que quando não der, que eu me perdoe por não conseguir, mas que eu não desista.

É bom entender que isso não vai substituir a terapia. É só um paliativo enquanto não posso pagar, mas que pode continuar depois.

Uma das primeiras coisas que eu acho que posso dizer que conheço sobre mim é a minha capacidade e gosto pela comunicação. Eu gosto de escrever. Sempre gostei, desde de criança.

Só de reconhecer essa primeira coisa sobre mim que nunca me abandonou, que eu nunca desisti, eu já me sinto melhor.

É isto. Bora começar pela AmBev...

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